15 séries e filmes com protagonistas fortes

Em “Scandal”, Kerry Washington dá vida a Olivia Pope, a gerenciadora de crises à frente da empresa Olivia Pope & Associates. Na série somos apresentados aos bastidores dos escândalos empresariais e políticos americanos, aos quais cabe a Olivia resolver ou encobrir. A protagonista é independente, inteligente, determinada, ambiciosa e extremamente influente em seu trabalho – conseguindo sempre se impor e ser a melhor em seu ramo.

Além de sua vida profissional, Olivia ainda prova que é uma mulher super independente quando mostra a todos que pode ser feliz de qualquer maneira: seja com ou sem um homem ao seu lado, casada ou solteira, vivendo sozinha ou acompanhada.

Ao assistir “Jessica Jones”, já percebemos que a protagonista não é uma das personagens comuns das séries da Marvel. Jessica, interpretada por Krysten Ritter, nos conta uma história de libertação de um relacionamento abusivo, sem romantizar a situação, e precisa lidar com problemas pessoais do passado – tudo isso enquanto trabalha em sua própria agência de investigações e o vilão Kilgrave volta a persegui-la.

A personagem mostra para todos que mulher não é sinônimo de doçura ou fragilidade. Jessica não se importa com a moda, vive em um apartamento bagunçado e bebe álcool a todo momento. As regras impostas para as mulheres pela sociedade são completamente ignoradas e pisadas pela personagem.

Em “Orphan Black”, a atriz Tatiana Maslany interpreta pelo menos 12 papeis. O interessante é que todas as personagens têm personalidades diferentes e são colocadas como heroínas de diferentes maneiras, deixando em evidência a autonomia feminina. Na história do Clube dos Clones, homens cientistas e religiosos fazem de tudo para interferir na vida das mulheres, que lutam para que isso não aconteça.

Cada personagem tem sua história, mas conseguem se colocar no lugar da outra quando veem que suas “irmãs” precisam de ajuda. Na história, Sarah, Cosima e Alison, por exemplo, não precisam de homens para salvá-las e conseguem resolver as situações sozinhas.

A maioria das pessoas conhece a advogada de sucesso e professora de Direito Penal Annalise Keating, interpretada por Viola Davis. A personagem conseguiu conquistar o público mesmo cometendo diversas atrocidades e falhas. O interessante é perceber que, apesar de durona, Annalise é a prova de que as mulheres podem ser brilhantes, estrategistas, assertivas e calculistas – e que, além do empoderamento feminino, ela traz a representatividade negra às telas da TV.

Annalise passou por poucas e boas em seu passado e o fato de se conseguir superar tudo e ser tão bem sucedida mostra o quão forte a personagem é. Além disso, luta também para ajudar outras mulheres da série, como Bonnie.

Infelizmente, não é somente no Brasil que o cenário político é quase todo dominado por homens. Em “House of Cards”, Claire Underwood, personagem de Robin Wright, é uma mulher inteligente, com interesses políticos e que tem seu próprio negócio. Na série, Claire luta pelo poder ao lado do marido, Frank Underwood, para que um dia ele chegue à presidência dos Estados Unidos.

Com controle total sobre a sua vida, e sempre forte e intimidadora, Claire é o cérebro por trás das ideias de Frank e mostra que política não foi feita somente para os homens.

O quarteto de amigas mais famoso da TV dá um show de independência – mais especificamente se falarmos de Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Samantha Jones (Kim Cattrall). Miranda e Samantha são bem sucedidas nas áreas em que escolheram atuar e, entre as amigas, são as que não têm a vida girando em torno de relacionamentos afetivos.

Apesar de Carrie (Sarah Jessica Parker) e Charlotte (Kristin Davis) também se mostrarem independentes, elas acabam perdendo para Miranda e Samantha quando se trata de determinação, forte personalidade e colocar a si mesmas em primeiro lugar.

Quando se fala em "Game of Thrones", Khaleesi logo vem à mente dos fãs! Interpretada por Emilia Clarke, a personagem passou por vários episódios ao longo das temporadas que a fizeram ficar cada vez mais poderosa e forte. Ela pode ter sido submissa aos comandos do irmãos e vendida para o rei dos Dothraki, mas essas mudanças provocaram uma profunda transformação em sua vida.

Os momentos difíceis acabaram fazendo com que ela pensasse mais no poder que tinha, ainda mais em uma série na qual as mulheres são tratadas como inferiores e não têm espaço na luta política. Khaleesi representa o poder feminino quando toma parte da herança de sua família e se torna a mãe dos dragões, passando a tomar frente do exército na luta pelos Sete Reinos.

Em “The Crown”, Claire Foy dá vida a uma jovem Rainha Elizabeth II, que enfrenta muitas coisas para poder ser aceita como sucessora do trono inglês. Ao mostrar o cenário em que a mulher estava inserida nos anos 1950, podemos ver questionamentos da Rainha sobre tradições e obrigações – além de ela querer o respeito de sua individualidade e de suas opiniões, que eram reprimidas.

Durante os capítulos, percebemos momentos em que ministros escondem episódios importantes de Elizabeth por não saberem “se uma mulher conseguiria lidar com tais fatos” e situações de conflito em seu próprio casamento, já que Phillip não aceita um papel menos importante do que o da esposa.

O filme estrelado por Emma Stone e Viola Davis conta a história de Skeeter, uma escritora que deseja falar sobre a vida de mulheres negras que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte.

Com ambientação em uma pequena cidade no estado de Mississipi nos anos 1960, chama atenção o fato das fortes protagonistas trabalharem juntas apesar do desagrado por parte da sociedade racista da época.

A forte personalidade de Margareth Thatcher é o destaque na atuação de Meryl Streep em "A Dama de Ferro". No filme biográfico que conta a vida da ex-primeira ministra britânica, Thatcher é uma mulher forte e decidida, filha de marceneiros, que conseguiu chegar ao topo na época em que o mundo era dominado por homens. Conhecida como a Dama de Ferro, ela conseguiu quebrar as barreiras de gênero e classe e se tornar uma das pessoas mais importantes na área política.

Clássico filme do início dos anos 1990, "Thelma e Louise" conta com duas protagonistas fortes, interpretadas por Geena Davis e Susan Sarandon. O longa é um retrato da luta feminina: Thelma e Louise têm vidas normais – a primeira é casada com um marido opressor e a segunda é garçonete de uma lanchonete. Apesar da vida cotidiana, as duas decidem fazer uma viagem juntas para descansar de suas rotinas e de seus companheiros.

A mensagem principal é contra a violência às mulheres: depois de sofrerem uma tentativa de estupro na estrada, acabam matando o homem e fugindo para o México. Por conta da repressão que sofreram por serem mulheres durante toda a vida, tiveram que optar para a alternativa de fugir e começar uma nova vida. E é a partir desse momento que elas passam a contestar e reagir aos maus tratos que já sofreram.

No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuíam o direito de voto no Reino Unido. Visando contornar a situação, um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio para chamar a atenção dos políticos para a causa.

Se uma mulher pode votar hoje em dia, deve muito às sufragistas – donas de casa, esposas, mães e filhas que enfrentaram um sistema que as excluía das decisões políticas da época. O filme fala sobre igualdade de gênero, violência doméstica, assédio e muitas outras questões que as mulheres, infelizmente, ainda encaram até hoje.

Em "Joy: Um Nome de Sucesso", Jennifer Lawrence dá vida à protagonista, que passa por poucas e boas para chegar ao tão almejado sucesso. Joy Mangano é uma dona de casa que entrou na vida adulta conciliando a jornada de ser mãe solteira com a invenção de equipamentos de limpeza que facilitaram a vida de muita gente nos anos 1990. Depois de sua trajetória, insistência e perseverança, Joy acaba se tornando uma das mais bem-sucedidas empresárias dos Estados Unidos.

Quando criança Gabrielle é deixada junto com a irmã, Adrienne, em um orfanato. Ao crescer, ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan, que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel, ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época.

"Coco Antes de Chanel" mostra como a mulher pode ser influente no campo da moda em uma época em que estas eram mostradas como inferiores.

Katniss Everdeen se tornou um símbolo de resistência quando falamos da saga de filmes "Jogos Vorazes". Já no primeiro filme, a jovem se oferece com voluntária para representar seu distrito na competição e acaba por desafiar o sistema dominante em seu país e as forças de seus oponentes. Decidida e ousada, a personagem de Jennifer Lawrence luta por um mundo por direitos iguais – e não se contenta quando apenas a sua vida melhora de nível.