10 séries que não existiriam sem o poder das mulheres
10 séries que não existiriam sem o poder das mulheres
Elas ocupam papéis de destaque e até dirigem os próprios seriados.
Elas ocupam papéis de destaque e até dirigem os próprios seriados.

Shonda Rhimes: "Grey's Anatomy", "Scandal" e "How to Get Away With Murder"
Um dos nomes mais fortes da indústria televisiva, Shonda é responsável por três das séries mais lucrativas da TV norte-americana. O sucesso é tanto que ela acaba ganhando uma noite inteira só para ela, na emissora ABC.
Nas noites de quinta-feira, são exibidas em sequência “Grey's Anatomy”, “Scandal” e “How to Get Away With Murder”. São séries com temáticas diferentes, mas um ponto em comum: as protagonistas são mulheres.
Meredith Grey (Ellen Pompeo) é uma das melhores médicas de um hospital em Seattle, e não deixa que o talento de seu marido a ofusque. Olivia Pope (Kerry Washington) é a chefe de um escritório de advocacia, enquanto Annalise Keating (Viola Davis) é uma professora de direito que precisa encobrir uma série de crimes.
As personagens de Shonda são bem-sucedidas, assim como ela, que é mãe solteira de três filhas. Como mulher negra, seu espaço na TV ganha uma importância ainda maior, pois a roteirista também coloca negros em papéis de destaque nas séries.
Lena Dunham: "Girls"
Com seis temporadas de sucesso, “Girls” cumpriu com excelência o papel ao qual se prestou, e mostrou o amadurecimento de quatro mulheres da forma mais real possível. No comando da série esteve Lena Dunhan, que foi diretora, roteirista, criadora e uma das protagonistas.
A ideia de retratar mulheres reais é uma bandeira que Lena levanta todos os dias. Ela defende a normalização da sexualidade, mostrando o corpo fora do padrão em várias cenas de nudez na série. Além disso, Lena critica abertamente algumas revistas que retocam suas fotos, e elogia as que exibem suas celulites.
Ela também é autora de uma revista eletrônica feminista, que envia textos por e-mail, junto com Jenni Konner, outra produtora de “Girls”. Com o final da série em vista, Lena defende os finais felizes além do romance, os defeitos das personagens e, mais importante, a franqueza com o qual o universo feminino é tratado.
Jenji Kohan: "Orange is the New Black"
Uma das séries originais da Netflix mais bem-sucedidas é “Orange is the New Black”, que fala sobre um presídio feminino dos Estados Unidos e todos os seus dilemas. O principal trunfo da criadora, Jenji Kohan, é a diversidade no elenco, que coloca mulheres brancas, negras, latinas, asiáticas, gordas, magras, novas e velhas no mesmo espaço e contexto.
Jenji tem um currículo extenso na TV norte-americana, e já foi indicada a nada menos do que nove Emmys, o Oscar das séries. Outra criação sua é “Weeds”, história de uma mulher que passa a vender maconha para sustentar a família após a morte do marido. Além disso, ela também participou da produção de alguns episódios de “Gilmore Girls” e está para estrear com outra série da Netflix, “Glow”, que fala sobre mulheres lutadoras de Wrestling dos anos 80.
Amy Sherman-Palladino: "Gilmore Girls"
Sucesso do início dos anos 2000, “Gilmore Girls” foi uma das primeiras séries que trouxeram personagens femininas fortes nos papéis principais. Lorelai Gilmore é uma mulher independente, que saiu da casa dos pais aos 16 anos para criar a filha, Rory, longe de convenções tradicionais. Ela prioriza a própria liberdade em todos os aspectos de sua vida, e ensina à filha que é importante não depender da vida amorosa para ser feliz.
Na série, todas as personagens de destaque são mulheres, e cada uma é dona do próprio nariz. A criadora, Amy Sherman-Palladino, não poupa referências feministas na construção do roteiro e tem influência direta na narrativa de protagonismo feminino. Inclusive, com a nova temporada que estreou em 2016, Amy chegou a declarar que a família Gilmore seria diretamente afetada pelas eleições dos Estados Unidos, com Donald Trump na presidência, caso a série ainda estivesse no ar.
Melissa Rosenberg: "Jessica Jones"
A série é da Marvel e fala de uma pessoa que ganhou poderes na infância, e que hoje, combate o mal no subúrbio de Nova York. A protagonista é uma mulher, que luta contra um vilão que tem o poder de dominar mentes e usa isso para abusar psicologicamente de suas vítimas. Jessica Jones acaba tendo que superar seus próprios traumas para se desprender de um relacionamento tóxico e assumir a independência de sua vida.
Interpretada por Krysten Ritter e criada por Melissa Rosenberg, a série trata de temas importantes do universo feminino, como a superação de traumas e a resistência a abusos, não só em relações amorosas, mas também entre a família. Além disso, Melissa já declarou que a 2ª temporada será inteiramente dirigida por mulheres.
Tina Fey: "30 Rock"
Uma das séries de comédia mais populares dos anos 2000 foi estrelada, criada, dirigida e produzida por uma só mulher: Tina Fey. A história gira em torno de Liz, uma redatora-chefe de Nova York que não é tão bem sucedida, mas também não fica atrás do homem perfeito. O romance não é o foco de “30 Rock”, mas as várias facetas de uma mulher de 30 anos que é desajeitada, engraçada e, acima de tudo, real.
Tina foi também uma das únicas roteiristas mulheres na equipe do “Saturday Night Live” e é a criadora da série original da Netflix “Unbreakable Kimmy Schmidt”, cuja protagonista luta pela própria independência. Como se não bastasse, Tina é figurinha carimbada no cinema de comédia e já apareceu em listas de mulheres bem sucedidas e pessoas mais influentes do mundo, de revistas como a Time e o New York Post.
Mindy Kaling: "The Mindy Project"
Mindy Kaling começou a carreira no programa humorístico “The Office”. Com apenas 24 anos, ela se tornou a primeira mulher a integrar o time de roteiristas, e logo foi chamada para ser produtora executiva da série. Tanto talento serviu de impulso para que ela criasse sua própria história, e assim nasceu “The Mindy Project”.
Ela é a criadora, roteirista, diretora e protagonista da própria série, uma comédia romântica de sucesso que fala sobre uma médica frustrada no amor. Apesar de sonhar com o homem perfeito, Mindy é bem sucedida na carreira e leva a vida com franqueza e independência, assim como sua criadora.
Ava DuVernay: "Queen Sugar"
A série fala sobre um grupo de mulheres que viram donas de uma fazenda de cana-de-açúcar nos Estados Unidos e foi criada especialmente para a emissora de Oprah Winfrey. Além disso, a equipe de direção é formada apenas por mulheres, e comandada por Ava DuVernay. Acha pouco?
A diretora ficou famosa em 2014, quando seu filme “Selma - Uma Luta Pela Igualdade” foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro. Amiga pessoal de Oprah, ela acabou usando a emissora para transmitir os episódios e comparou a direção feminina de “Queen Sugar” com a presença massivamente masculina na equipe de “Game of Thrones”, dizendo que “uma série fantástica pode ser feita com as nossas mãos e mentes”.