Duelos históricos: Atlético x Flamengo
Duelos históricos: Atlético x Flamengo
Duelos históricos: Atlético x Flamengo
Duelos históricos: Atlético x Flamengo

1980 - Galo 1 x 0 Flamengo / Flamengo 3 x 2 Galo
Decisão do Campeonato Brasileiro de 1980. O Galo venceu o primeiro duelo por 1 a 0, gol de Reinaldo. Na finalíssima, no Maracanã, diante de mais de 150 mil pessoas, o Rei atleticano, mesmo machucado e mancando em campo, respondia a cada gol flamenguista e às provocações de "bichado" com bola na rede. Porém, o atacante alvinegro acabou expulso por José de Assis Aragão, que mostrou ainda cartão vermelho para Chicão e Palhinha. O Flamengo fez 3 a 2 e levou a taça. Com a palavra Reinaldo:
“Os jogos mais importantes para mim foram as finais contra o Flamengo, em 1980. Foram mais de 154 mil pagantes no Maracanã. Fiz dois gols e vivi um momento inesquecível na minha carreira”
1981 - Atlético 0 x 0 Flamengo
Jogo desempate na Copa Libertadores da América. Atlético e Flamengo terminaram empatados na primeira colocação do grupo. Como apenas o campeão de cada grupo se classificava para a próxima fase, foi disputado um jogo extra, em campo neutro. O duelo foi marcado para o Serra Dourada, em Goiânia. A partida durou apenas 37 minutos. O árbitro José Roberto Wright protagonizou uma série de expulsões de jogadores do Galo. Com número insuficiente de atletas em campo, a partida foi dada por encerrada. O Flamengo foi considerado vencedor. O meia Palhinha se lembra bem desse confronto:
“O Wright (José Roberto, árbitro) nos prejudicou muito em Goiás. Jamais o torcedor vai esquecer aquilo. Eu era capitão. O Wright expulsou o Reinaldo sem motivo. Depois expulsou o Éder. Em seguida, falou que o Chicão também estava fora. Eu falei com ele: 'Se o senhor quer o Flamengo campeão, pode me expulsar também.' E ele me expulsou. Foi uma lástima. O jogo terminou com 37 minutos do primeiro tempo, quando o João Leite se lesionou e o Wright expulsou o Osmar Guarnelli. Parecia algo programado. A gente estava bem até as expulsões. Foi inesquecível, tanto Atlético quanto Flamengo tinham equipes em condições de apresentar um grande espetáculo. Infelizmente, o juiz teve influência muito grande”
1986 - Flamengo 1 x 1 Atlético / Atlético 1 x 0 Flamengo
Oitavas de final do Campeonato Brasileiro. O primeiro jogo, no Maracanã, terminou empatado por 1 a 1. O Galo venceu o segundo por 1 a 0, gol marcado por Nelinho, cobrando pênalti. O ex-lateral relembra essa história:
“Eu estava encerrando a carreira. Tinha acabado de ser eleito deputado, e veio esse jogo. Fiz um agradecimento à torcida do Atlético. Foi uma partida difícil, saiu aquele pênalti no fim do primeiro tempo. Fiz o gol e vencemos por 1 a 0. Eram grandes equipes, o Sócrates atuava no Flamengo. Na sala da minha casa, tenho justamente a foto da cobrança desse pênalti. Lembro ainda que um torcedor invadiu o campo e me abraçou. Atlético e Flamengo sempre fizeram grandes jogos, é a tradição de duas equipes de massa. Não será diferente neste sábado”
1987 - Flamengo 1 x 0 Galo / Galo 2 x 3 Flamengo
Semifinais do Campeonato Brasileiro. Invicto, o Atlético chegou às semifinais dono das melhores campanhas no primeiro e segundo turno da competição. O time era treinado por Telê Santana. No Maracanã, o Rubro-negro venceu por 1 a 0. No Mineirão lotado, o Atlético viu o Flamengo fazer 2 a 0 no primeiro tempo. Paulo Roberto Prestes foi expulso no fim da etapa inicial, complicando ainda mais a situação atleticana. O Galo diminuiu com Chiquinho. E renovou as esperanças com Sérgio Araújo empatado o jogo. Foi dramático. Depois de desperdiçar chances, o Atlético viu Renato Gaúcho, em um contra-ataque, fechar o placar em 3 a 2. Sérgio Araújo conta como foi:
“A gente tinha tudo para ganhar, ficou um sentimento de não ter conseguido, porque nosso time era muito bom. Fomos campeões do primeiro e do segundo turno, com uma campanha espetacular, invictos. No primeiro jogo, perdemos no Maracanã por 1 a 0, gol do Bebeto. No Mineirão lotado, o Flamengo fez 2 a 0. Tivemos o Paulo Roberto expulso. Com 10 em campo, não tivemos força para vencer, mas empatamos, inclusive, com um gol meu. Só que o Renato teve a chance de fazer o terceiro gol. Nosso zagueiro tentou driblar no meio de campo, ele roubou a bola e foi levando todo mundo”
2004 - Atlético 6 x 1 Flamengo
Campeonato Brasileiro. No estádio Ipatingão, o Atlético iria impor ao Flamengo a maior goleada da história do confronto. O time lutava contra o rebaixamento. O jogo contra os cariocas era considerado complicado. Mas durou apenas dois minutos. Foi quando Júnior Baiano fez falta em Márcio Mixirica na entrada da área e foi expulso. Na cobrança, Zé Antônio abriu o placar. Márcio Mixirica, Wagner, Renato e Alex Mineiro (2) balançaram as redes do Rubro-negro. Jean descontou. Mixirica tem esse momento registrado em um painel em casa:
“A gente passava por um momento difícil na competição antes de um confronto do tamanho desse contra o Flamengo. Aquele placar foi uma vitória marcante. Os atleticanos me falam até hoje daquela goleada. Tenho até um painel em casa, com a foto da comemoração do gol. Lembro que nesse jogo o Júnior Baiano foi expulso logo nos primeiros minutos, uma jogada que eu recebi a bola e ele me parou com falta. O Zé Antônio cobrou a falta e abriu o placar. Depois exploramos a vantagem numérica de jogadores”
2014 - Flamengo 2 x 0 Galo / Galo 4 x 1 Flamengo
Semifinal da Copa do Brasil. O Flamengo fez 2 a 0 no jogo de ida, no Maracanã. Confiança em alta entre os cariocas. O gol de Everton ainda no primeiro tempo fez a confiança dar lugar à certeza: “Classificadaço”, gritou o narrador carioca. Quem esperava um Atlético abatido se enganou. O Galo, que já havia passado por situação semelhante nas quartas de final contra o Corinthians, escreveu um dos momentos mais emocionantes do Mineirão. Carlos, Maicosuel, Dátolo e Luan fizeram do Atlético “classificadaço” à decisão. Um dos destaques da equipe, o zagueiro Jemerson diz que nada era impossível para o Atlético:
“Aquele jogo foi muito especial pra todos nós. Todo mundo achava que a gente não ia conseguir fazer outra vez o que aconteceu no jogo contra o Corinthians. Mas nossa equipe estava muito focado nessa partida. Estávamos numa fase em que nada era impossível, aliás, o Galo vive essa fase até hoje. Enquanto o jogo não termina, não se dá por vencido. E foi assim durante aqueles 90 minutos.
Acho que o grande segredo foi não deixar nada que vinha de fora nos abalar. Nenhum comentário, as matérias que saíam, praticamente nos colocando como eliminados, deixamos isso tudo de lado. Sabíamos que a equipe tinha capacidade pra virar aquele jogo e, mesmo em uma situação tão complicada, depois que eles fizeram o primeiro gol no Mineirão, não deixamos de correr e lutar pelo resultado.
Era o mínimo que a gente poderia fazer por nós mesmos e pela massa, que mesmo com o placar adverso não deixava de gritar e nos empurrar. Foi um dos jogos mais marcantes da minha carreira, sem dúvida. Aliás, são dois jogos contra o Flamengo que eu lembro com carinho: esse da Copa do Brasil e também o do ano passado, quando fiz dois gols de cabeça e também vencemos por 4 a 1. Pela rivalidade e pela história dos confrontos entre as duas equipes, são duas partidas que nunca vou esquecer.”