Como era a tecnologia antigamente?
Como era a tecnologia antigamente?

Detector de terremotos
Mais de 1.500 anos antes da invenção do sismógrafo moderno, o chinês Chang Heng desenvolveu um instrumento que registrava terremotos e indicava onde ele teria surgido. Criado no século 2, o aparelho era formado por uma jarra feita de bronze, com cerca de 2 metros de diâmetro.
Dentro da jarra havia um pêndulo sensível às ondas de um terremoto. O objeto ainda tinha oito cabeças de dragão esculpidas – abaixo delas, ficavam oito sapos com as bocas abertas. Quando acontecia um tremor, a boca do dragão que estivesse na direção do terremoto se abria e fazia o pêndulo cair na boca do sapo. Assim, a direção da ocorrência era registrada.
Reator natural
Reator nuclear é um dispositivo usado para produzir eletricidade por meio da energia liberada em uma reação de fissão nuclear (quando um átomo se quebra em dois átomos menores). O primeiro reator desse tipo foi construído no século 20. Mas um antigo reator natural, de 2 bilhões de anos, foi achado em 1972!
Ele fica em Oklahoma (Gabão, África) e abriga uma grande quantidade de urânio natural. Os cientistas não sabem ao certo como o reator funciona, mas acreditam que se tratava de uma reação em cadeia que durou milhares de anos.
Energia portátil
Em 1938, o alemão Wilhelm Konig descobriu antigas baterias em um vilarejo próximo a Bagdá (Iraque). Elas eram formadas por vasos de argila de 13 centímetros de altura. Dentro deles havia um cilindro de cobre e uma barra de ferro. Os vasos tinham sinais de corrosão e de substâncias ácidas, como vinagre ou vinho. Acredita-se que funcionassem como pilhas, mas não há certeza de como eram usadas – pode ser que produzissem joias ou fossem aplicadas para tratar dor com pequenos choques.
Instrumentos de navegação
Antigamente, navegar pelos mares era muito complicado. Tanto que os pesquisadores demoraram em entender como os vikings (antiga civilização que viveu na região da Suécia, Dinamarca e Noruega entre os séculos 8 e 11) conseguiam viajar em linha reta, sem se perder.
Até que, em 1948, foi encontrado o disco Uunartoq, uma sofisticada bússola do século 11 usada pelos vikings. Ele funcionava como um relógio de sol, com vários graus de sombra para localizar os pontos cardeais. O disco tinha um tipo de cristal que fazia o aparelho se manter ativo mesmo quando a luz do dia era fraca. Os pesquisadores observaram que ele funcionava com menos de 4 graus de erro, o que equivale a uma bússola moderna.
Robô de cordas
O matemático e mecânico grego Heron de Alexandria foi responsável por um dos primeiros robôs programáveis do mundo: no século 1, ele construiu um carro de madeira de três rodas movido por cordas. O aparelho usava um sistema cronometrado de roldanas e pesos de grãos de trigo. Assim, conseguia andar e até fazer curvas.
O robô foi construído com poucos materiais, mas os cientistas dizem que ele opera da mesma forma que os robôs modernos – as cordas têm função igual a das sequências de códigos atuais.
CONSULTORIA: CÉLIA TAVARES (PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UERJ).