Qual atleta olímpico você é?

O inconformado com a derrota

Você é ótimo no que faz e sabe disso e, às vezes, pode subestimar a capacidade dos adversários pela sede de competição, esquecendo até do fair play e espírito olímpico.

Renaud Lavillenie era um desconhecido para a maioria dos brasileiros. Até, de repente, cruzar o caminho de Thiago Braz. Os dois atletas disputavam a medalha de ouro no salto com vara, até que três erros consecutivos do atleta francês, abriram caminho para o brasileiro que hoje colhe os louros de uma participação brilhante no Rio 2016. Para Lavillenie sobrou o papel de algoz, pois mesmo sendo campeão olímpico em Londres 2012 e vencer todas as competições do Diamond League, ele não conseguiu engolir a vitória do brasileiro, chegando a criticar a torcida brasileira.

A atleta “sangue, suor e lágrimas”

Você gosta de competir e não abre mão de fazer uma atividade física, porém, alguns motivos podem fazer com que você não ultrapasse os seus próprios limites. O resultado são as lágrimas que caem pelo rosto.

Jade Barbosa já pode ser considerada uma veterana olímpica: participou dos jogos de Pequim 2008, não participou de Londres 2012 por motivos pessoais, e esteve no Rio 2016. Em todas estas participações, Jade saiu sem medalha e ainda sofreu com lesões que quase interromperam a sua carreira. No entanto, a atleta conseguiu alcançar colocações nunca antes vistas na ginástica brasileira – o que com certeza incentivou outras meninas a entrarem para o esporte e continuar o legado.

O recordista gente boa

Você é daqueles que gosta de fazer uma atividade física, mas preza por aquela que mais vai beneficiar o seu bem-estar. Você acredita que, mais que competir, é necessário estar bem consigo mesmo para dar o melhor de si.

Usain Bolt sabe que é ótimo e dispensa apresentações. Tricampeão nos 100 e 200 metros, além do revezamento 4x100, o atleta possui uma serenidade ao correr que, quem vê de fora, fica sem acreditar que Bolt consegue sorrir ao correr. Logicamente, a gente sabe que atrás deste sorriso tem muito treino, vontade de vencer e até, lá no fundo, um pouquinho de medo de ser superado, mas o exemplo de Bolt reforça a ideia de que acreditar em si mesmo é o primeiro passo para a vitória. O que fica como resultado é um estádio inteiro gritando o seu nome e ainda o aplaudindo de pé pela humildade e respeito com os demais atletas.

Uma jogadora em busca do reconhecimento

Você tem espírito de líder e gosta, sobretudo, de esportes coletivos. Você tem certeza que uma vitória não é resultado apenas do talento de uma pessoa e, sim, da colaboração de todos somada.

Marta, tem este perfil e hoje carrega a responsabilidade de ser a capitã da seleção feminina de futebol. É por ela que o futebol feminino tem um pouquinho mais de visibilidade e que novas meninas se interessam pelo esporte. Aos 30 anos, ela já foi eleita a melhor jogadora de futebol por cinco vezes consecutivas e a maior artilheira em Copas do Mundo, com 15 gols. No entanto, no Rio em 2016, a seleção não sentirá o gostinho do ouro, isto porque elas foram eliminadas nos pênaltis nas seminais pela Suécia.

Espontaneidade como palavra de ordem

Você é aquele tipo de atleta que leva o esporte como uma ‘brincadeira séria’. Por vezes, você não está entre o melhor dos melhores, mas se esforça muito para se superar. Você acredita que o esporte é o impulso para sua felicidade e, o que se pode querer mais, não é mesmo?

A nadadora chinesa Fu Yuanhui já está sendo considerada pelos veículos de imprensa como a ‘atleta mais adorável das olímpiadas’, justamente pela espontaneidade e espírito olímpico. O mundo começou a olhar para a atleta depois que ela ficou sabendo que tinha ganhado a medalha de bronze em uma entrevista. Depois da reação inesperada, ela ganhou o coração da internet pela simpatia.

Força, FOCO e fé

Se tem uma palavra que pode definir o seu lado atleta é disciplina. Totalmente focado, você sabe o que pode e o que não pode fazer para superar os seus próprios limites - assim como Arthur Zanetti.

Zanetti foi campeão olímpico nas argolas em Londres 2012 e este ano, no Rio 2016, conquistou a prata e perdeu o ouro para um atleta que é um dos seus maiores fãs, o grego Eleftherios Petrounias. Totalmente compenetrado em suas séries, difícil ver um semblante leve no rosto de Arthur na hora da competição – nesta última, que garantiu ao atleta um lugar no pódio, ele confessou em entrevista que só soube que estava bem colocado quando viu todos os resultados no telão.

O tempo como principal aliado

Você gosta de esporte desde que se entende por gente e nem sabe dizer ao certo como e quando começou a dar as primeiras corridas, pedaladas e/ou saltos. Pode ser que você tenha até algumas medalhas na coleção e a experiência o fez um atleta melhor e que está aberto a aprender com as novas gerações.

Foi difícil não notar a presença de Oksana Chusovitina nesta olímpiada, não só pelo talento, mas pela experiência estampada em seu semblante. Chusovitina tem 41 anos e, pela idade, ela desafia os padrões impostos pela ginástica artística e pelo próprio corpo. Em um esporte no qual as atletas começam muito cedo e se aposentam cedo, ela prova que ainda tem muito o que mostrar. Infelizmente, representando o Uzbequistão, a atleta não ganhou medalhas, mas competiu de igual por igual com Simone Biles, atleta 22 anos mais nova e com 4 ouros e um bronze só nesta edição.

Determinação, é isso que basta!

Você gosta de participar de qualquer atividade física, mesmo que não tenha lá muito talento ou coordenação para esta ou aquela modalidade. De fato, você está longe de estar entre os melhores, mas só de competir você se sente profundamente orgulhoso.

Mal o nadador Robel Kiros Habte se aproximou do bloco de partida e fez-se os comentários. Sim, ele não tem o porte mais adequado para ser um nadador olímpico e, sim, ele não estava entre os melhores, chegando muito tempo atrás dos rivais e considerado o pior atleta das eliminatórias. Se ele se importou? “Estou muito feliz porque é a minha primeira Olimpíada. Queria fazer algo diferente para o meu país. É por isso que eu escolhi a natação. Todo mundo, todo dia, na Etiópia corre. Não nada. Mas eu não queria correr. Eu queria ser um nadador”. E foi.