14 coisas que só quem foi ao Mineirão antigo sabe como era

Não é saudosismo gratuito. Reconhecemos que a reforma melhorou muita coisa no Mineirão, como as condições de higiene e segurança. No entanto, a memória afetiva do torcedor é repleta de elementos que acabaram extintos ou radicalmente modificados nesse recente processo de adequação do estádio aos padrões modernos e internacionais. Listamos alguns deles em uma breve viagem no tempo pelo velho Gigante da Pampulha. Confira:

Jornal Estado de Minas
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em 3 de set. de 2015
1

O verdadeiro TROPEIRÃO

Nenhum estádio no mundo tem uma comida tão peculiar quanto o tropeiro do Mineirão. Por mais que a FIFA tenha metido a mão no nosso patrimônio, quem frequentou o estádio antes da reforma se lembra com carinho do prato com arroz, couve, ovo, bife, torresmos crocantes e o suculento feijão tropeiro. Não importava ter que partir o bife com uma colher, sem falar nas vezes em que ele era surrupiado em algum momento de distração. Jogo sem tropeiro nunca foi a mesma coisa.

2

Cervejas carregadas por atacado

Carregar dez copos de cerveja de uma só vez pode parecer tarefa impossível, mas nada que a paixão pelo time do coração não permita. Poucas cenas são tão clássicas no Mineirão antigo quanto os torcedores carregando 10 copos de plástico, com um dedo enfiado dentro de cada, do bar até a arquibancada. Havia até quem levasse 11 copos, prendendo o último entre os dentes. O único ‘’problema’’ era o time marcar um gol nesse trajeto.

3

Arquibancada balançando

Não é lenda. Quem foi ao Mineirão antes do fim da década de 90, em algum jogo cheio, sentiu o concreto chacoalhar no embalo da torcida. Ainda nos anos 90, foram instalados pilastras amortecedoras, para amenizar o efeito, que ficou só na memória do torcedor.

4

‘’Ademg informa...”

Tempo de acréscimo, substituição ou gols em outros jogos. Tudo isso só fazia sentido quando anunciado pela marcante voz da locução oficial do estádio (por um bom período, essa voz foi da jornalista Pollyana Andrade).

5

Placar eletrônico analógico

Simples e preciso, distante das tecnologias coloridas de hoje, o placar eletrônico ainda oferecia uma divertida e tosca animação quando saía gol, além de informar o autor do momento maior do futebol.

6

Barraquinhas no ‘anel’ do Mineirão

Onde hoje fica a bela esplanada é possível se alimentar em algumas franquias de fast food. Mas antes, naquele local borbulhavam, no frigir dos torresmos, emoções gastronômicas, como sanduíches de pernil e espetinhos, responsáveis pelo aroma marcante de fritura para quem chegava faminto antes da bola rolar.

7

Bandeirões

Parte marcante do espetáculo eram também os bandeirões, que cobriam boa parte da arquibancada. Ficar debaixo dele ou vê-lo subir de longe, de mão em mão, era uma emoção especial no estádio.

8

Sinalizadores e foguetes

Jogos noturnos tinham um colorido especial na arquibancada. Infelizmente, a ação irresponsável de alguns pôs fim a festa pirotécnica nas arquibancadas.

9

Chuva de papel higiênico

Comparar a entrada dos times de antigamente com essa atual, que obriga as duas equipes a entrarem lado a lado, faz alguns torcedores pensarem que não estão a ver o mesmo esporte de antes. Quem foi ao Mineirão antigo se lembra bem das torrenciais ‘’chuvas’’ de papel higiênico, usado como serpentina, quando os times pisavam no gramado.

10

Criançada no gramado

O protocolo de entrada em campo, na verdade, era um só: molecada enlouquecida esperando na boca do túnel para entrar em campo com os ídolos. E eram dezenas de crianças que podiam dar a volta olímpica antes da bola rolar.

11

Clássicos com torcida 'meio a meio'

No Novo Mineirão isso aconteceu apenas uma vez, na reabertura. Mas antigamente era regra: se tinha clássico, as duas torcidas dividiam o estádio (ainda que, dependendo da fase, alguma delas comparecesse em maioria, o que apimentava ainda mais a rivalidade).

12

Portões numerados

Atleticanos esgotavam as entradas '9 e 12' em instantes para jogos importantes. O mesmo acontecia com as de ‘3 e 6’, pelo lado azul. Quem gostava de ver o jogo no meio do campo procurava pelo 7A. Assim eram numerados os portões do Mineirão, de 1 a 14. Os números deram lugar a letras e cores, que até hoje não foram muito bem decorados pelas torcidas.

13

Título celebrado no gramado... pela torcida!

Hoje seria tudo mais fácil, já que o fosso de ''segurança'' não existe mais. No entanto, os padrões FIFA não permitem que ninguém passe das cadeiras para dentro do gramado, nem no momento máximo de glória do time. Antigamente também não deveria poder, mas era garantido: soava o apito final do campeonato e lá ia a turma da geral festejar junto com os ídolos.

14

A Geral

Talvez o símbolo maior do Mineirão antigo. Dela não sobrou nem resquício depois da reforma para a Copa. A Geral merecia um estudo antropológico. Ali todo mundo era igual, bastava ter algumas moedas, que o ingresso era realidade. A visibilidade prejudicada, inexistente abaixo da linha de cintura dos jogadores, a chuva ou o sol implacáveis, assim como toda a sorte de objetos arremessados por quem estava na arquibancada, nada disso era problema para o geraldinno convicto, sempre o mais próximo da emoção que a bola proporcionava.

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Created by Tal Garner
On Nov 18, 2021