14 coisas que só quem foi ao Mineirão antigo sabe como era
14 coisas que só quem foi ao Mineirão antigo sabe como era
Não é saudosismo gratuito. Reconhecemos que a reforma melhorou muita coisa no Mineirão, como as condições de higiene e segurança. No entanto, a memória afetiva do torcedor é repleta de elementos que acabaram extintos ou radicalmente modificados nesse recente processo de adequação do estádio aos padrões modernos e internacionais. Listamos alguns deles em uma breve viagem no tempo pelo velho Gigante da Pampulha. Confira:
Não é saudosismo gratuito. Reconhecemos que a reforma melhorou muita coisa no Mineirão, como as condições de higiene e segurança. No entanto, a memória afetiva do torcedor é repleta de elementos que acabaram extintos ou radicalmente modificados nesse recente processo de adequação do estádio aos padrões modernos e internacionais. Listamos alguns deles em uma breve viagem no tempo pelo velho Gigante da Pampulha. Confira:

O verdadeiro TROPEIRÃO
Nenhum estádio no mundo tem uma comida tão peculiar quanto o tropeiro do Mineirão. Por mais que a FIFA tenha metido a mão no nosso patrimônio, quem frequentou o estádio antes da reforma se lembra com carinho do prato com arroz, couve, ovo, bife, torresmos crocantes e o suculento feijão tropeiro. Não importava ter que partir o bife com uma colher, sem falar nas vezes em que ele era surrupiado em algum momento de distração. Jogo sem tropeiro nunca foi a mesma coisa.
Cervejas carregadas por atacado
Carregar dez copos de cerveja de uma só vez pode parecer tarefa impossível, mas nada que a paixão pelo time do coração não permita. Poucas cenas são tão clássicas no Mineirão antigo quanto os torcedores carregando 10 copos de plástico, com um dedo enfiado dentro de cada, do bar até a arquibancada. Havia até quem levasse 11 copos, prendendo o último entre os dentes. O único ‘’problema’’ era o time marcar um gol nesse trajeto.
Barraquinhas no ‘anel’ do Mineirão
Onde hoje fica a bela esplanada é possível se alimentar em algumas franquias de fast food. Mas antes, naquele local borbulhavam, no frigir dos torresmos, emoções gastronômicas, como sanduíches de pernil e espetinhos, responsáveis pelo aroma marcante de fritura para quem chegava faminto antes da bola rolar.
Chuva de papel higiênico
Comparar a entrada dos times de antigamente com essa atual, que obriga as duas equipes a entrarem lado a lado, faz alguns torcedores pensarem que não estão a ver o mesmo esporte de antes. Quem foi ao Mineirão antigo se lembra bem das torrenciais ‘’chuvas’’ de papel higiênico, usado como serpentina, quando os times pisavam no gramado.
Portões numerados
Atleticanos esgotavam as entradas '9 e 12' em instantes para jogos importantes. O mesmo acontecia com as de ‘3 e 6’, pelo lado azul. Quem gostava de ver o jogo no meio do campo procurava pelo 7A. Assim eram numerados os portões do Mineirão, de 1 a 14. Os números deram lugar a letras e cores, que até hoje não foram muito bem decorados pelas torcidas.
Título celebrado no gramado... pela torcida!
Hoje seria tudo mais fácil, já que o fosso de ''segurança'' não existe mais. No entanto, os padrões FIFA não permitem que ninguém passe das cadeiras para dentro do gramado, nem no momento máximo de glória do time. Antigamente também não deveria poder, mas era garantido: soava o apito final do campeonato e lá ia a turma da geral festejar junto com os ídolos.
A Geral
Talvez o símbolo maior do Mineirão antigo. Dela não sobrou nem resquício depois da reforma para a Copa. A Geral merecia um estudo antropológico. Ali todo mundo era igual, bastava ter algumas moedas, que o ingresso era realidade. A visibilidade prejudicada, inexistente abaixo da linha de cintura dos jogadores, a chuva ou o sol implacáveis, assim como toda a sorte de objetos arremessados por quem estava na arquibancada, nada disso era problema para o geraldinno convicto, sempre o mais próximo da emoção que a bola proporcionava.