2014 e a eleição que não acabou

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em 3 de abr. de 2017
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No dia 26 de outubro de 2014, a petista Dilma Vana Rousseff foi reeleita para a Presidência da República ao derrotar o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno.

As contas da campanha foram aprovadas pelo TSE em dezembro daquele ano, por unanimidade, embora com ressalvas.

Mas entre outubro de 2014 e janeiro de 2015, o Diretório Nacional do PSDB e a Coligação Muda Brasil ajuizaram no Tribunal Superior Eleitoral quatro ações contra a chapa vencedora.

As acusações foram sempre semelhantes, conforme narra o ministro João Otávio de Noronha, primeiro relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije):

Alegaram os representantes que a eleição presidencial de 2014 teria sido manchada pelo abuso do poder econômico e político em proveito dos primeiros representados, reeleitos para os cargos de chefia do Poder Executivo Federal.

João Otávio de Noronha, ministro do TSE

O ministro trouxe mais detalhes sobre as acusações:

Sustentaram terem os investigados promovido uma campanha milionária, cujo custo superaria a soma das despesas de todos os demais candidatos, com abuso do poder econômico, materializado pelo gasto acima do limite inicialmente informado e pelo recebimento de doações oficiais "de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte de distribuição de propinas" , e, ainda, se beneficiado do abuso praticado por terceiros, "como a massiva campanha eleitoral desenvolvida por diversas entidades sindicais e a distribuição de cestas básicas em eventos de campanha"

Cada uma das ações tomou um rumo diferente. Até que o então presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, resolveu botar ordem na casa.

Toffoli determinou, em março de 2016, que os processos contra a chapa Dilma-Temer fossem unificados.

Com isso, a sucessora de Noronha no cargo de corregedora-geral da Justiça Eleitoral, Maria Thereza de Assis Moura, acumulou a condução de quatro ações.

A ministra centralizou os trabalhos de apuração em um só processo, a Aije 194358.

Uma das providências de Maria Thereza foi pedir a realização de perícia contábil em empresas que tinham suposto envolvimento ilegal com a campanha de Dilma e Temer.

Foram investigadas as movimentações financeiras das gráficas Focal, VTPB e Red Seg, que prestaram serviços para a campanha de Dilma Rousseff.

A partir da quebra de dados bancários das empresas e de seus sócios, o Ministério Público Eleitoral elaborou um parecer em agosto de 2016.

Aécio parece interessado em saber qual a conclusão...

Então lá vai:

Não é possível afastar a tese de desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha"

Ministério Público Eleitoral

VAMO QUE VAMO, MPE!

Mas o mandato de Maria Thereza no TSE estava no fim e, em 31 de agosto de 2016, a Aije ganhou um novo relator

O ministro Herman Benjamin também iniciou seus trabalhos focado na questão das gráficas e autorizou uma operação da Polícia Federal para investigar as mesmas denúncias de irregularidades nos serviços prestados por essas empresas.

Mas a coisa toda mudou quando o corregedor-geral da Justiça Eleitoral decidiu dar atenção a notícias relacionadas a uma certa empreiteira...

Ela mesma! A Odebrecht!

Isso foi em fevereiro deste ano. Benjamin viu "indicativos extraídos da mídia escrita de que houve depoimentos relacionados à campanha eleitoral da chapa Dilma-Temer" nos acordos de delação assinados por 77 executivos da empreiteira.

Foram inicialmente convocados para depor o ex-presidente e herdeiro da construtora, Marcelo Bahia Odebrecht, e os ex-diretores Cláudio Mello Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

Desses depoimentos, foram extraídas informações importantes para o processo. Seguem duas delas:

  • 1.
  • 2.

Em suas alegações finais, a defesa de Temer pediu que o julgamento da ação fosse fragmentado: fatos ligados a Dilma são julgados de um lado e os relacionados a Temer, de outro.

– Você fica aí, que eu fico aqui.

Já a defesa de Dilma não concorda.

– Nada disso, querido. #Tamojunto.

Para os advogados de Dilma, ela e Temer "possuem responsabilidade solidária pela veracidade das informações contábeis e financeiras da campanha presidencial".

Entenda todos os argumentos da defesa da petista neste link.

Apresentadas as alegações finais das defesas, o ministro Herman Benjamin entregou um parrudo relatório com 1.032 páginas aos demais integrantes do TSE.

Se impressionou com as 1.032 páginas? Veja então mais números do processo:

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.

Caso a Justiça Eleitoral entenda que houve irregularidades na campanha que elegeu Dilma e Temer, as consequências serão:

E aí? Qual será o futuro dessa dupla?

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Created by Tal Garner
On Nov 18, 2021