Veja lista de curiosidades sobre o enredo 'Ratos e Urubus, larguem minha fantasia'
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Desfile do carnaval carioca, que representa marco estético na folia, completa 30 anos e continua icônico. Confira!
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A principal imagem do desfile era a do carro abre-alas, que trazia um Cristo Redentor mendigo. Ele chegou à avenida coberto por um plástico preto porque foi proibido de desfilar por causa de uma liminar judicial. Joãosinho Trinta bancou levar a imagem para o desfile coberta e com uma faixa protesto que dizia: “Mesmo proibido, olhai por nós”.
Imagem do Cristo mendigo coberto no desfile da Beija-Flor
Na crítica ao excesso de luxo no carnaval carioca e ao esquecimento dos menos favorecidos, Joãosinho Trinta levou várias alas com mendigos para o Sambódromo — dizem que alguns eram moradores de rua de verdade. Ele mesmo desfilou vestido de gari, aquele que lida com o lixo.
Joãosinho Trinta, carnavalesco da escola, desfilou vestido de gari
O enredo e algumas imagens do desfile são referências para outros carnavalescos até hoje. No carnaval de 2010, a Acadêmicos do Grande Rio fez uma reedição do Cristo coberto em seu desfile. E em 2018, o carnavalesco Leandro Vieira, da Mangueira, trouxe uma réplica da imagem em um dos seus carros alegóricos para criticar a falta de apoio do prefeito Marcelo Crivella para o carnaval do Rio. A faixa foi adaptada com os dizeres: “Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz”.
Desfile da Mangueira, de 2018, reeditou o Cristo coberto
Apesar de ter sido um divisor de águas na história dos desfiles das escolas de samba por propor uma nova estética, “Ratos e urubus...” não ganhou o carnaval daquele ano. A escola ficou em segundo lugar e perdeu para a Imperatriz Leopoldinense que levou o enredo “Liberdade, Liberdade, abra as asas sobre nós...”.
A estética da Beija-Flor não agradou aos jurados.