Meme Retrô: a história do fim do jejum do Corinthians

É ele mesmo, o Basílio! Mas, pera: por que ele aparece logo no começo da história? É que a campanha do título teve início em 19 de fevereiro de 1977. Naquele dia, o Timão estreou no Campeonato Paulista com vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa Santista. Gols de Edu e... Isso mesmo! Basílio! Estreia com o pé direito.

Dicá, maestro da Ponte Preta, foi o responsável por tirar o Corinthians dos eixos logo na segunda rodada. Goleada da Macaca por 4 a 0, em Campinas, com gols dele, Rui Rei, Jair e Parraga. Aí surgiram os primeiros questionamentos sobre o Timão naquele ano.

Chama o homem! Depois de 14 jogos sob o comando de Duque, o Corinthians contratou o bom e velho Oswaldo Brandão antes do fim do primeiro turno do Paulistão. Seria a quarta passagem dele pelo Timão. O último título, em 1954, tinha sido com ele. Bom sinal!

Com Oswaldo Brandão, o Timão reagiu. Mesmo assim, quem levou o primeiro turno (ou Taça Cidade de São Paulo) foi o forte Botafogo de Ribeirão Preto. O craque da equipe? Ele mesmo: Sócrates! Não à toa, chamou a atenção de times grandes naquele campeonato. O Magrão jogava muito! Ele chegaria ao Timão em 1978.

A reação do Corinthians também passou pelos clássicos contra o São Paulo. Foram quatro ao longo do campeonato, com quatro vitórias. Em comum? Todas tiveram gol de Geraldão. Mesmo sem ser um primor de técnica, o centroavante foi fundamental para recolocar o Timão nos trilhos. O trabalho de Oswaldo Brandão começava a engrenar.

Mas é só o segundo turno do Paulistão, conquistado após vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Morumbi. O arrastado campeonato ainda teria um terceiro turno, que mal tinha relação com os dois primeiros. Botafogo e Corinthians, campeões das etapas anteriores, não tiveram qualquer vantagem. E Elvis Presley, o astro, morreria em Memphis, nos EUA, em 16 de agosto de 1977. Duas semanas antes desse título do segundo turno...

Esse foi o gol de Geraldão, que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o rival.

O Corinthians garantiu a liderança de um dos grupos do terceiro turno (e a vaga na decisão) depois de vencer o São Paulo por 2 a 1, na última rodada. Os gols alvinegros foram de Geraldão e Romeu CAMBALHOTA. O motivo do apelido está na imagem. Com a melhor campanha na soma de todas as fases, o Timão foi enfrentar a Ponte Preta. Aqueeela... Dos 4 x 0 no início do Paulistão.

1 x 0 no primeiro jogo da final, gol de Palhinha. 2 x 1 para a Ponte no segundo. Com isso, foi necessário um terceiro jogo, vencido por 1 a 0 com um dos gols mais famosos da história do Corinthians. Basílio virou ídolo, o Timão saiu da fila, e o resto é história... Foram 22 anos, oito meses e sete dias resumidos em apenas um lance.

Em uma época sem internet e redes sociais, a história de que Rui Rei, atacante da Ponte, teria "se vendido" ao Corinthians para cavar uma expulsão no início da final ganhou enorme proporção. Rui foi expulso por ofender o árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia, mas havia marcado um dos gols da vitória da Macaca na partida anterior. Ele se transferiu para o Timão em janeiro de 1978, aumentando as teorias conspiratórias. Para os corintianos, pura inveja dos rivais...

Só deu Coríntians! Assim mesmo, com acento e sem H. Assim o Timão era retratado em outros tempos... Importante é comemorar!

Os guerreiros de 13 de outubro de 1977! Em pé: Zé Maria, Tobias, Moisés, Ruço, Ademir e Wladimir. Agachados: Vaguinho, Basílio, Geraldão, Luciano e Romeu.

Basílio continua respirando o dia a dia do clube. Até técnico do Corinthians ele já foi.