A rua das lojas na Comporta
A rua das lojas na Comporta
A referência era a cantina. Muitos clientes trabalhavam da Herdade e viviam nas casas onde alguns ainda hoje vivem. Texto de Isaltina Padrão
A aldeia da Comporta era uma extensão das dunas em redor. As ruas sempre existiram, mas o seu batismo fez-se tarde. A principal artéria foi sempre a Rua do Comércio que, por durante anos não ter nome, ainda há quem hoje lhe chame «Rua central» ou «Rua das lojas». Sobre a sua toponímia poucos registos oficiais existem. Mas na memória das gentes da terra está presente a sua história. Não restam dúvidas de que o polo comercial sempre foi ali, onde a cantina era uma referência, já que era o armazém onde o povo se abastecia. No início dos anos de 1990, alcatroaram-se as ruas e atribuíram-se-lhe nomes. Esta, todos são unânimes, faz sentido chamar-se Rua do Comércio. É que entre a cantina e o cinema que já não existe (e era numa das pontas das Casa da Cultura), estavam a tasca, a taberna, a peixaria, a sapataria, a drogaria. Foi também nesta rua que surgiram as primeiras lojas que hoje existem por toda a aldeia.
A referência era a cantina. Muitos clientes trabalhavam da Herdade e viviam nas casas onde alguns ainda hoje vivem. Texto de Isaltina Padrão
A aldeia da Comporta era uma extensão das dunas em redor. As ruas sempre existiram, mas o seu batismo fez-se tarde. A principal artéria foi sempre a Rua do Comércio que, por durante anos não ter nome, ainda há quem hoje lhe chame «Rua central» ou «Rua das lojas». Sobre a sua toponímia poucos registos oficiais existem. Mas na memória das gentes da terra está presente a sua história. Não restam dúvidas de que o polo comercial sempre foi ali, onde a cantina era uma referência, já que era o armazém onde o povo se abastecia. No início dos anos de 1990, alcatroaram-se as ruas e atribuíram-se-lhe nomes. Esta, todos são unânimes, faz sentido chamar-se Rua do Comércio. É que entre a cantina e o cinema que já não existe (e era numa das pontas das Casa da Cultura), estavam a tasca, a taberna, a peixaria, a sapataria, a drogaria. Foi também nesta rua que surgiram as primeiras lojas que hoje existem por toda a aldeia.
Lavanda, Largo de São João, 3
Começou por ser a padaria da terra e ainda há quem assim lhe chame. Em 2010, a norueguesa Cathrine Austad apaixonou-me por esta casa rústica e, sem a descaraterizar, começou a vender roupa de cama, de mesa e cestos feitos no norte de Portugal. O nome «Lavanda» deve-se precisamente à comercialização de artigos com cheirinho a lar. Hoje, bancas, prateleiras, pás e demais utensílios usados para fazer pão dão vida a esta loja de vestuário e decoração práticos mas chiques.
Colmo Bar, Largo de São João, 3
Saudável e versátil, são adjetivos que imperam neste bar que o publicitário Filipe Branco abriu há três anos. O palfait de iogurte e o iogurte grego com granola e fruta são um sucesso ao pequeno almoço. Os sumos naturais são de receitas próprias e destaca-se o de mirtilos biológicos. Outra vertente da casa são os take-away para levar para a praia e onde os cuscuz com flores e vegetais e os wraps têm muita procura. Ao fim da tarde é ponto de encontro para um copo.
Duna, Rua do Secador, 11
Aquela que em tempos foi leitaria é, desde 1 de julho, o mais recente espaço comercial da zona. Mãe e filha – Rosa Baraúna e Bárbara Correia – abriram esta loja de artesanato que vende trabalhos de autor e de anónimos. Além dos artigos manuais, como bijuteria, malas e chapéus em diversos materiais ou fatos de banhos em crochet; aqui funciona um atelier onde se fazem tererés e tatuagens de hena. Os trabalhos de ilustração de Bárbara e de fotografia de Rosa dão mais vida loja que convida artistas a expor.
Cegonha, Rua do Comércio, 5
O casal Luís Dias e Sónia Raminhos está à frente deste restaurante que começou por ser pastelaria nas mãos da mãe de Sónia, que agora trabalha na cozinha. A casa é simples, mas a simpatia dos donos e o balcão de peixe fresco que dá para a rua não deixa ninguém indiferente. Quem entra, não se importa de esperar um pouco na fila, já que a qualidade é garantida e há especialidades como peixe grelhado, choco frito ou arroz (de lingueirão, camarão ou camarão com ameijoa).
Eucalyptus, Rua do Comércio, 1
Este snack-bar deve o seu nome ao centenário eucalipto que faz sombra à esplanada. Suselia Gonçalves abriu a casa há dez anos, apostando na qualidade e diversidade. As especialidades são sumos naturais, tostas e doces conventuais, como o fidalgo, a delícia de leite e o típico bolo das rosas de Grândola, de onde a proprietária é natural. Há também hambúrgueres, saladas, açaí, comida vegetariana e gelados. Uma variedade que justifica o entra e sai de clientes da terra e visitantes sazonais.
Missus/Papaya, Rua do Secador
Este mix faz as delícias de qualquer mulher em matéria de vestuário. Por um lado, na Missus, a dupla André Silva e Marta Matias têm ao dispor das clientes um vasto leque de biquínis e de fatos de banho e ainda as respetivas toalhas de praia. Já na Papaya, as sócias Raquel Silva Reis e Cláudia Sá oferecem mais a linha de festa, composta por roupas multimarcas, sendo a mais recente aposta em confeção própria. É claro que também não faltam os tão cobiçados acessórios.
Rice, Estrada Nacional 253, Km1
Começou por existir na Herdade da Comporta, mas fez em maio um ano que se mudou para o centro da aldeia. A empresária e designer de interiores Marta Mantero abriu esta loja no seguimento da que já tinha em Grândola, e em ambas há artigos nacionais e peças de artesãos locais. Muitas das obras de autores resultam do aproveitamento de produtos naturais, como por exemplo, árvores que já não têm vida. Além do mobiliário em madeira, há tecidos de países como Marrocos ou Índia.
Coral, Rua do Secador, 9
Há cerca de um ano, Maria da Conceição Pissarra, ex-diretora da revista Lux Woman, e o marido Carlos Pissarra decidiram abrir esta loja junto à Casa da Cultura. Queriam oferecer algo diferente do que já existia na zona: um espaço de decoração sim, mas composto por loiças e obras de arte de autores nacionais. Além das peças Costa Nova e Pura Cal, há muitas faianças e porcelanas fabricadas em Portugal, bem como artigos únicos escolhidos a dedo aqui e além.