Fechamento do mercado – 20 de fevereiro
Fechamento do mercado – 20 de fevereiro
O mercado brasileiro de soja esteve bastante movimentado nesta terça-feira, acompanhando as altas do dólar ante o real e da Bolsa de Mercadorias de Chicago. Os preços da oleaginosa subiram em todo o Brasil.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos. O mercado se afastou das máximas do dia, quando atingiu o melhor patamar em sete meses, mas seguiu com boa alta para grão, farelo e óleo.
O clima seco em importantes regiões produtoras da Argentina apareceu como fator de suporte. Com o estresse hídrico desde novembro, a safra do país foi cortada em cerca de 10 milhões de toneladas e deve ficar em menos de 50 milhões de toneladas.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Fonte: Safras & Mercado
Milho
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços em baixa. Em sessão volátil, o mercado operava com ganhos mais cedo, em meio às preocupações com a seca em regiões produtoras da Argentina. Depois perdeu força e passou a cair, refletindo as fracas inspeções de exportação dos Estados Unidos.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 938.099 toneladas na semana encerrada no dia 15 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Na semana anterior, haviam atingido 846.108 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1.181.973 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 16.644.605 toneladas, contra 24.449.896 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Fonte: Safras & Mercado
Café
O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços estáveis. Apesar da queda do arábica na Bolsa de Nova York, as cotações permaneceram inalteradas no Brasil diante da alta do dólar. O exportador não se animou com a valorização do dólar e as negociações permaneceram travadas.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos. Após o feriado desta segunda-feira nos Estados Unidos, NY reabriu e testou a linha de US$ 1,20 a libra-peso para baixo no contrato maio, fechando ligeiramente abaixo deste patamar.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, o mercado consolidou as perdas da sexta-feira, testando esta importante linha de US$ 1,20. Tecnicamente, o mercado tem fragilidade e nos fundamentos também, como indica Barabach. A safra brasileira de 2018 vai se encaminhando bem, com clima favorável e o mercado está tranquilo no momento quanto à oferta global.
Londres
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da terça-feira com preços acentuadamente mais altos. Depois de duas sessões de perdas, o mercado passou por um movimento natural de correção técnica, com cobertura de posições.
Segundo Barabach, o mercado teve operações de ajuste, de arbitragem, com o reinício das atividades com o arábica em Nova York depois do feriado de ontem. A alta do petróleo contribuiu para a reação técnica.
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso
Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada
Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg
Fonte: Safras & Mercado
O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,61%, cotado a R$ 3,254 para compra e a R$ 3,256 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,241 e a máxima de R$ 3,258.
O Ibovespa encerrou em alta de 1,19%, aos 85.803,96 pontos. O volume negociado foi de R$ 12,343 bilhões.
Fonte: Safras & Mercado