10 passos para produzir palmito pupunha

A pupunheira é uma planta nativa da Amazônia, mas as sementes para o cultivo vêm de Rondônia ou do Peru. Elas são entregues em São Paulo por R$ 30 o quilo. 

A semeadura deve ser feita em canteiro com 15 cm de profundidade, dividido em camadas. Na parte inferior, coloca-se cerca de 7 cm de brita. No meio, 5 cm de areia, onde é depositada a semente. A parte superior é coberta com serragem. Com essa estrutura é possível ter o escoamento da água, mas garantindo a boa umidade necessária para a semente. Recomenda-se de 3 a 4 quilos de sementes plantadas por metro quadrado. Estufas são as mais indicadas para não haver incidência de muita luz solar. 

Em no máximo 120 dias, o palmito germinado estará pronto para ser transplantado. O tamanho ideal é entre 5 a 10 cm de parte aérea, e as mudas devem ser colocadas em sacos plásticos de 10 x 15 cm. A terra utilizada deverá ter matéria orgânica e deverão ser descartados os embriões das plantas com espinhos, albinos, mal formados ou com germinação tardia.

Depois de prontas, as mudas devem ficar por até 10 meses no viveiro. A partir de 40 cm de altura, elas podem ser replantadas para a área de produção. As mudas devem receber água de boa qualidade diariamente. 

O plantio das mudas deve ser feito em áreas abertas com alta incidência de luz. O cultivo de sequeiro é indicado para regiões com altos índices pluviométricos, a partir de 2.000 milímetros por ano. Recomenda-se a correção do solo com calcário dolomítico a cada quatro anos. 

A época ideal é de outubro a fevereiro. O espaçamento recomendado é de 2 x 1 m metro, com densidade de 5 mil plantas por hectare. O plantio pode ser feito em covas em solos arenosos. Em solos argilosos, também é possível usar sulcos. 

Adubar 45 dias após o plantio. O nutriente que a pupunheira mais necessita é o nitrogênio, seguido do potássio. O fósforo é necessário em menor quantidade. Pode-se fazer adubação química no mínimo 5 vezes por ano. O adubo orgânico pode ser usado como complemento, com cama de aviário e biomassa foliar. A roçada da área também é importante para uma boa produção.

A palmeira estará no ponto de corte em até dois anos. A altura da planta é de 1,65 metro e com aproximadamente 12 cm de diâmetro ao nível do solo. Depois da colheita, os perfilhos (ramos laterais) da planta podem ser cortados dentro de 60 a 90 dias, o que garante uma produção perene. Até o terceiro ano são colhidos 2.500 quilos por hectare. Após o terceiro ano, de 4.500 a 5.000 quilos por hectare. 

Ao chegar na fábrica a planta tem sua casca retirada. Usa-se bastante água no processo de limpeza das hastes. O palmito é cortado em pedaços com tamanhos variados, para dar melhor aproveitamento ao produto. 

Os pedaços são pesados e colocados em embalagens de vidro com salmoura e ácido cítrico. As embalagens são fechadas e vão para o banho-maria. O cozimento em 98°C dura em média 45 minutos. Depois de pronto, o palmito fica em quarentena por até 14 dias para a realização de testes sanitários para eliminar o risco de botulismo. A validade do produto na embalagem fechada é de dois anos.