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Bigode de Chaplin era falso e foi leiloado por R$ 110 mil

A versão em questão foi usada em O Grande Ditador

Aventuras na História
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em 29 de set. de 2017
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Hynkel, o tirano vivido por Charles Chaplin em O Grande Ditador (1940), perseguia judeus e queria conquistar o mundo. Associar o líder da fictícia Tomânia a Adolf Hitler é fácil, mas a semelhança física entre os dois deixou ainda mais óbvia a sátira. Além do físico franzino e do fato de ambos terem a mesma idade (nasceram em abril de 1889, com quatro dias de diferença), um detalhe consolidou de vez a piada de Chaplin: o bigodinho.

O que muitos não sabem é que o bigode era falso. E um entre dezenas: Chaplin tinha a cara limpa. Segundo ele próprio, ninguém o reconhecia sem bigodes e ele passava incólume por restaurantes e clubes noturnos.

A cara lisinha de Chaplin em 1920

Duas peças foram confeccionadas para o personagem, garantindo que ninguém visse Hynkel sem pensar em Hitler. Após as filmagens, os bigodes foram dados pelo ator ao historiador francês Maurice Bessy, amigo e autor de uma biografia sobre Chaplin. Bessy, que foi diretor artístico do Festival de Cannes nos anos 70, recolheu preciosidades cinematográficas durante décadas e chegou a possuir uma coleção avaliada na época em torno de 130 mil euros. Ele tinha vários objetos de Chaplin, além de outras relíquias do cinema, como o veículo lunar usado por Sean Connery em 007 – Os Diamantes São Eternos (1971).

Um dos bigodes que foi usado pelo personagem

Onde foi parar?

Os bigodes foram leiloados em 2004 por quantias que superaram as expectativas. O primeiro que era mais usado pelo personagem, foi arrematado pelo valor de 18 mil libras (atualizadas para £ 26.100 hoje em dia, o que dá R$ 110.647,99). Já o segundo, que não apareceu tanto nas telonas quanto o primeiro, foi vendido por 11,9 mil libras.

Chaplin criou o roteiro em 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia e dava início à Segunda Guerra. O longa, o primeiro com som de sua carreira, foi censurado no Brasil pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) por ser considerado “comunista” e “desmoralizador das Forças Armadas.” Somente após a guerra ele pôde ser assistido no país.

Hitler, aliás, era fã de Chaplin. Ao menos era até O Grande Ditador. Ainda hoje se discute se a troca do bigodão, que aparece em suas fotos da Primeira Guerra, pelo bigodinho, tem algo a ver com isso. O escritor Alexander Moritz Frey, que serviu com ele, afirmou que a troca foi por questões práticas, para usar uma máscara de gás. Mas isso não encerra realmente a questão: ele bem que poderia ter cortado tudo, mas preferiu manter o estilo que arruinaria.

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