A história futebolística de Djalminha todo mundo já conhece. Filho do lendário Djalma Dias, meia de qualidade incontestável e temperamento explosivo. Começou sua carreira no Flamengo, brilhou no Palm...

Por Andrey Raychtock

A história futebolística de Djalminha todo mundo já conhece. Filho do lendário Djalma Dias, meia de qualidade incontestável e temperamento explosivo. Começou sua carreira no Flamengo, brilhou no Palmeiras, fez história com a camisa do Deportivo La Coruña e só não foi para a Copa de 2002 porque decidiu acertar uma cabeçada no treinador do clube espanhol. O que pouca gente sabe é que Djalminha se diferencia da grande maioria dos boleiros por um motivo curioso: é um fã inesperado de bandas gringas de rock dos anos 80.

Em 1996, o caderno adolescente do jornal Folha de São Paulo resolveu perguntar aos destaques do Brasileirão daquele ano quais eram seus artistas musicais favoritos. Em meio ao Raça Negra de Cafu, aos grupos gospel de Marcelinho Carioca e à trilha sonora da novela Explode, Coração apontada por Rivaldo, o gosto de Djalminha se destacava.

Fundada na cidade de Manchester, em 1982, os Smiths foram uma das bandas mais importantes do rock britânico. As letras melancólicas do vocalista Morrissey e os riffs de guitarra de Johny Marr encantaram a geração que veio após a explosão do movimento punk e ditaram os rumos do rock oitentista.

A estética e a sonoridade dos Smiths influenciaram, inclusive, outra banda que integra as playlists do craque: a Legião Urbana. Renato Russo nunca escondeu a admiração por Morrissey, e chegou a ser apontado como uma espécie de versão brasileira do inglês.