Viagem à Colômbia

Wander Veroni
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em 18 de nov. de 2018
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Assim que se chega ao aeroporto El Dourado, nos deparamos com essa mensagem que apresenta Bogotá aos moradores e turistas. Atrás da frase, há um painel com os principais pontos turísticos da capital colombiana. Foi assim que descobrimos o "Jardim Botânico de Bogotá José Celestino Mutis" e decidirmos visitá-lo.

Uma coisa que me chamou a atenção em Bogotá foi o acesso livre a internet wifi gratuita em vários pontos turísticos. Isso faz toda a diferença na viagem, gente! Onde esta bandeira está estiada é a fachada do Ministério das Tecnologias da Informação e das Comunicações da Colômbia, próximo a Plaza Bolivar.

Por toda Bogotá é possível ver vendedores de frutas em carrinhos andando de um lado para o outro. Eles não ficam parados em um único ponto e o mais legal de tudo é que são espaços limpos, autorizados pela prefeitura e que não sujam a cidade. Geralmente, eles vendem manga em palito e pedaços de mamão, melão ou melancia. Vale a pena experimentar!

O Jardim Botânico de Bogotá José Celestino Mutis é muito limpo e possui um ampla variedade de espécies nativas e de outros lugares do mundo. A foto é de um lago artificial localizado logo na entrada do local. No dia em questão que visitamos, as escolas locais levaram os seus alunos para fazer uma excursão guiada por todo o Jardim.

Entonces, lembra quando falei acima que Bogotá tem as quatro estações do ano em um único dia? Pois é, mesmo com sol a blusa de frio é muito necessária. #FicaADica

E para a nossa surpresa tem uma cachoeira artificial no meio do Jardim Botânico. CHOCADO! Coisa mais linda de se ver, gente!

O Cerro de Monserrate é uma serra que circunda toda cidade de Bogotá e dá um colorido todo especial para a cidade. Lá em cima é um passeio à parte, que falaremos mais sobre ele daqui a pouco. Aguarde!

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Esse vídeo criado pela Prefeitura de Bogotá apresenta o Parque de los Periodistas (Jornalistas). Mesmo sendo considerado um parque, o local parece uma grande praça que reúne pessoas que querem fazer caminhada, andar de bicicleta ou skate. Assista!

No nosso primeiro dia em Bogotá nos deparamos com uma manifestação de estudantes nas ruas da cidade defendendo o ensino público e gratuito para todos. Na Colômbia as escolas e universidades ou são privadas ou estão ligadas à OCIPS ou à Igreja. Existe ensino gratuito, mas é restrito e dominado ou pela fé ou por organizações. O acesso a educação não é universal. E mesmo que haja essa segregação do ensino, a sensação que tive dos bogotanos é que eles são muito, mais muito mais cultos e politizados que nós brasileiros. Não só os políticos, mas a sociedade entende a importância da educação, da cidadania e dos Direitos Humanos com instrumento de crescimento social pelo fato do país ter conseguido ser pacificado em 1997 por conta da onda de violência dominada pelos cartéis de droga, que se unia a empresários e políticos corruptos. As pessoas são muito conscientes do quanto a corrupção os prejudicou e feriu os direitos de todos. E detalhe: nessa manifestação, os policiais acompanhavam os estudantes para protegê-los do trânsito, e não para ameaçá-los. Se fosse no Brasil o desfecho dessa passeata teria sido outro, infelizmente.

Essa é a Iglesia Nuestra Señora de las Nieves, localizada no centro de Bogotá. Tanto a fachada, quanto por dentro, lembra muito a Igreja de São José, em Belo Horizonte (MG). Nada na vida é coincidência, gente! Quem sabe há uma relação histórica entre as duas igrejas....a arquitetura de ambas são parecidas.

Já ouviu falar de Fernando Botero? Esse importante artista internacional é de origem colombiana e ficou conhecido por desenhar personagens gordinhos em cenas do cotidiano. Foi um dos primeiros artistas contemporâneos a colocar representatividade social e diversidade em suas telas, enaltecendo a beleza das formas, dobras e curvas. O Museu do Botero foi criado a partir de uma doação do artista ao Governo Federal. Vale muito a pena conferir! Cada tela mais bonita que a outra!

Entre um passeio e outro, sempre dávamos uma pausa para tomar um café. Bogotá é uma cidade que tem muitas, mas muitas cafeterias. Uma melhor que a outra, inclusive! E não tem nada melhor do que tomar um bom café macchiato com uma fatia de brownie de chocolate 70% e macadâmia. Uma delícia! #FicaADica

Essa é a "Plaza Bolivar", localizada no bairro da Candelária, no centro histórico de Bogotá. Nessa praça há reunida todos os três poderes da Colômbia (Executivo, Legislativo e Judiciário). Ali no fundo, a direita, o prédio amarelo é a Prefeitura de Bogotá, chamada de Alcaldía Mayor de Bogotá. Já a esquerda, na escadaria há uma igreja. Os bogotanos entendem a presença da Igreja na praça como também um representante do Poder. Assim como no Brasil, o Estado-laico mandou lembranças....rs.

Perto da Plaza Bolivar encontra-se o Museu da Independência, também conhecida como Casa del Florero. Foi o local que Símon Bolivar e outras lideranças políticas da época declararam a independência da Colômbia e começar a dar o rumo do País rumo a consolidação da república.

Também vale conhecer o centro histórico de Bogotá, o bairro de La Candelária. Além de prédios históricos, o local possui um intenso artesanato de rua, atividades culturais e bons restaurantes.

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Esse vídeo criado pela Prefeitura de Bogotá apresenta um pouco da eferverscência cultural do bairro de La Candelaria, em Bogotá. Assista!

Os colombianos comem muito, no dia-dia, sopa e salada. Por isso eles conseguem ser tão esbeltos! Durante os dias que passei por lá vi pouquíssimas pessoas gordas, inclusive. Creio que isso tem a ver com a dieta deles. Confesso que não gostei muito das comidas típicas. Eles não tem o hábito de colocar muitos temperos como colocamos aqui no Brasil, como o alho, por exemplo. E isso faz a diferença! A sopa, por exemplo, tem muito coentro e é feita com batatas e sobras de frango ou de porco (tipo pescoço, cabeça, pé, bucho, etc). Fora que a comida é agridoce...e tem algum pratos que o adocicado se sobressai. Mas valeu a experiência de conhecer a comida de outra País!

Outra comida típica colombiana são as arepas, uma espécie de pãozinho frito de milho ou de canjica branca, que se come sozinho ou recheado. A título de comparação, seria o nosso pão de queijo em Minas Gerais. Particularmente, achei muito adocicado quando se come sozinho. Recheado fica mais interessante! Para saber mais sobre outras comidas típicas colombianas, clique aqui.

A "Quinta del Bolivar" foi onde viveu Símon Bolivar, importante liderança histórica da América Latina. Ele foi um político e militar venezuelano que atuou de forma decisiva no processo de independência de diversos países, tais como Colômbia, Panamá, Peru, Equador, Bolívia e Venezuela. Ele também chegou a ser presidente dos países onde liderou a independência. A sua quinta (fazenda) era o local onde viveu boa parte da sua vida. O local possui jardins lindos construídos ainda no século passado, além de ter como acervo boa parte dos objetos originais daquele tempo.

Ainda na "Quinta del Bolivar" há um jardim com as bandeiras e brasões em homenagem a todos os países dos quais Símon Bolivar liderou o processo de independência da Espanha.

Esse é o Cerro de Monserrate, um local que possui uma igreja católica e vários jardins para contemplação. Além disso, você consegue ver toda Bogotá com uma vista panorâmica incrível! Outro detalhe curioso é a nuvem de poluição que há sobre a capital colombiana. No dia-dia é muito comum ver pessoas andando nas ruas com máscara cirúrgica para evitar um contato próximo com a poluição e se proteger de possíveis alergias. Além disso, a máscara protege os lábios, pois a poluição e o ar frio cortam a boca das pessoas mais sensíveis.

Como as principais atrações estão no alto da montanha, algumas pessoas sobem todo o trajeto do Cerro de Monserrate à pé (como trilha ecológica) ou como prática de corrida. Mas há também a opção de ir de trenzinho ou de teleférico. A vista é maravilhosa! Mas, é preciso tomar cuidado: por estar a mais de dois mil metros acima do nível do mar, andar lá em cima pode causar tonteira e mal estar. Fique atento e respeite os limites do seu corpo!

De todos os passeios que fiz em Bogotá, o que mais gostei foi o Museu do Ouro. É impressionante ver como os povos originários da Colômbia (que juntos formam os Incas) tinha outra relação com o metal precioso. O ouro era usado como símbolo social de homenagem aos ritos de passagem, como a chegada a vida adulta, a fertilidade feminina, o casamento e a morte. Eram povos extremamente cultos com um avançado processo de irrigação de rios para agricultura e de canalização de água para as suas cidades, sobretudo de esgoto. Me choca ver como essa cultura foi completamente dizimada pelo branco espanhol! Ainda bem que existem museus como esse que não deixam essa história morrer com o tempo.

Juro que eu não sabia que a Colômbia é o lugar do mundo com a melhor qualidade de esmeraldas! É impressionante ver as esmeraldas desse museu e ainda conhecer como se dá o processo de extração e venda dessa pedra preciosa. Como se trata de um museu privado, não é permitido tirar fotos do acervo. Mas fica a dica de um passeio surpreendente! E detalhe: o Museu é no alto de um prédio comercial do lado do Museu do Ouro. Tem que perguntar as pessoas para conseguir localiza-lo!

Outro lugar que é obrigatório para quem curte história, é o Museu Nacional da Colômbia. O prédio era uma antiga penitenciária no século passado e, durante a Ditadura Militar, houve a iniciativa de se desativar o local para construir um Museu que contasse a história da Colômbia pós chegada os espanhóis. Além de um acervo histórico maravilhoso, a visita é uma excelente oportunidade de conhecer também as produções artísticas colombianas do período de domínio espanhol. Uma coisa que achei super bacana é que os historiadores do museu não se referem a presença da Espanha como colonização, mas sim como período exploratório e coletor de riquezas naturais. Pode parecer pouco para alguns, mas é uma marcação política que faz toda a diferença e, acima de tudo, respeita os colombianos e, principalmente, os povos originários (indígenas).

Atravessando a rua do Museu Nacional da Colômbia encontramos o Parque Central Bavária. Ele foi construído após a fábrica da cervejaria Bavária ter sido desativada. O local, além de ser um parque público maravilhoso por dentro, também tem um centro comercial e residencial. O que deu outra vida ao espaço que antes era desativado. Ainda, dentro do parque há cafés, bistrôs e restaurantes. Outra curiosidade é que essa avenida é também conhecida por ser o centro financeiro da cidade, onde está localizado bancos, seguradoras e bolsa de valores.

Para quem curte astronomia, vale a pena visitar o Planetário de Bogotá! O ruim é que, geralmente, as apresentações mais interessantes são realizadas no final da tarde. A cada faixa horária da tarde tem uma programação específica. Então, não necessariamente, você verá a mesma coisa que eu vi, a não ser que seja uma exposição permanente. No dia que fomos, havia uma excursão de uma escola de educação infantil local.

Do lado do Planetário há uma casa de show/arena esportiva que lembra muito o formato do Coliseu de Roma, na Itália. Não conseguimos entrar lá, mas achei a construção bem interessante!

Outra parada obrigatória para quem curte arte é o Museu de Arte Moderna de Bogotá (MAMBO) reúne um acervo rico e pitoresco de peças de arte contemporânea da Colômbia.

Outra dica cultural é conhecer as exposições e o acervo histórico de livros da Biblioteca Nacional da Colômbia. O local é muito próximo a diversas universidades, então se você for lá durante o período letivo vai encontrar muitos estudantes fazendo pesquisas ou trabalhos acadêmicos. É bem interessante!

Uma dica que fez toda a diferença na nossa viagem: se hospedar na área central da cidade. Há bons hotéis com preços acessíveis de 3 a 5 estrelas nessa região central perto das universidades. Boa parte dos passeios fizemos à pé, o que nos possibilitou ficar perto de vários pontos turísticos e ainda conhecer melhor a cidade. Mas, se você quiser ir de ônibus, andar de táxi ou ir de Uber tudo bem também. O transporte público é muito barato! E como a cidade é plana, fica a dica de alugar uma bicicleta e se aventurar pelas ruas.

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Created by Tal Garner
On Nov 18, 2021