Os fãs deveriam agradecer à Capitã Marvel pela existência dos Vingadores

MTV Brasil
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On Mar 7, 2019
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Por Aline Alcoforado

É hora de rebobinar a fita cassete, torcer para a conexão discada da internet carregar e mandar uma mensagem do seu pager para os amigos, pois “Capitã Marvel” está na área toda durona, cheia de atitude e pronta para dar uma boa surra em alguém.

Sendo o primeiro filme do Universo Marvel protagonizado por uma mulher – e podemos dizer que é uma das mais poderosa de todos os tempos – finalmente, os fãs irão conhecer a história de Carol Danvers, uma pilota da força aérea dos Estados Unidos que acaba perdendo a memória e sendo resgatada pelo povo Kree.


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A aventura se passa nos anos 90, onde smartphones estavam apenas na imaginação de seus criadores, as BlockBusters eram o melhor lugar para alugar seu filme favorito e você tinha que ter ficha de orelhão se quisesse falar com alguém pelo telefone, enquanto estivesse na rua. Ah! Sem contar a internet discada, aquela que demora vidas para baixar alguma coisa no seu computador. Todos esses elementos aparecem no longa, trazendo um sentimento bastante nostálgico para aqueles que viveram na época, e até engraçado, pois mostra quanto tempo o pessoal perdia com coisas que, hoje em dia, consideramos simples.

Se voltamos no tempo com Danvers no filme, podemos concluir que alguns comportamentos e comentários também voltaram, não é mesmo?! E isso inclui como as garotas eram tratadas quando tentavam fazer “trabalhos de homem”, como pilotar um avião de caça. O longa mostra como a nossa heroína cresceu ouvindo comentários machistas e piadas bem sem graça sobre ser mulher, fazendo com que o público compreenda essa casca de durona dela.

E bota durona nisso! Capitã Marvel pode ser a primeira protagonista mulher do universo, porém ela é só uma prova do que está por vir no futuro dos filmes. Então, se você está esperando uma heroína ingênua, cheia de sorrisos, piadinhas e que usa a arte da sedução como arma – como a maioria dos filmes coloca a mulher -, rasgue essa cartilha. Vá aos cinemas esperando uma garota em busca de seu passado, sendo ela mesma e não precisando provar nada para ninguém – Ouviu bem Yon-Rogg (Jude Law)?

A expressão “Fight Like a Girl” (lute como uma garota) cabe bem a interpretação de Brie Larson, que tem sido bastante criticada por alguns fãs sobre o fato da atriz ter dado declarações feministas para a imprensa. Mas afinal, o filme trata exatamente sobre a força da mulher e nada melhor do que uma ativista para representar isso.

O filme só irá incomodar aqueles que tentam, a todo e qualquer custo, colocar garotas em papéis que são abaixo dos que lhe são dignos. Se não concorda, pergunte ao Capitão América (Chris Evans) se a Viúva Negra (Scarlett Johansson) não foi decisiva em sua batalha contra Tony Stark (Robert Downey Jr.) em “Capitão América: Guerra Civil” ou até mesmo como seria “Vingadores: Guerra Infinita” sem os poderes da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e se o Pantera Negra (Chadwick Boseman) teria toda aquela armadura sem a ajuda de Suri (Letitia Wright).

Mas o filme não se resume apenas a isso. Afinal, nada no Universo Marvel é coincidência! Algumas perguntas são respondidas, por exemplo como Nick Fury (Samuel L. Jackson) conseguiu seu tão famoso tapa-olho e o porque dele levar consigo um pager que aparece nas cenas pós crédito em “Guerra Infinita”. Sem dúvida a dupla Fury e Capitã Marvel é bem divertida, entre sarcasmo e piadas inteligentes, o agente da S.H.I.EL.D consegue entender a importância de Danvers para o universo todo.

Outro fato que chama bastante atenção é como todos os acontecimentos dos anos 90 são bastante precisos para tudo que acontece no futuro próximo. Tudo bem que tudo isso se deve ao fato do filme ter sido feito após os filmes dos Vingadores. No entanto, os diretores Ryan Fleck e Anna Boden – coincidência ou não, é a primeira mulher a dirigir um filme do estúdio – conseguiram amarrar bem para que nenhum detalhe se perca lá na frente. Sem contar os efeitos especiais e o poder enorme da Capitã que nos fizeram pensar: “Thanos vai tomar uma surra!”.

Ação, aventura, empoderamento e até emoção? Sim! Prepare os lencinhos, pois logo nos primeiros segundos a Marvel decidiu fazer uma homenagem bem linda para Stan Lee, que faleceu no ano passado. Além, é claro, das suas típicas cenas no meio do filme, que fez todos da plateia soltasse um “ah”.

Prepare o coração também para as duas cenas adicionais, uma antes dos créditos e a outra depois. Só o que podemos dizer é que Thanos terá que se preparar muito, pois Carol Danvers não estará para brincadeira.

A história da heroína é só pequeno exemplo do que um garota passa durante a vida, todos as piadas, insultos e colocações como “isso não é coisa de mulher” e como podemos sobreviver no meio disso tudo. “Capitã Marvel” estreia amanhã (08) nos cinemas bem no Dia da Mulher (sabemos que quando se trata de Marvel, isso não acontece por acaso), nada é mais inspirador do que um mulherão da p*rr@ nas telonas.

Aliás, os fãs deveriam não só ficar felizes, como agradecer à ela. Se hoje os heróis existem é por causa dela, pois antes dela não havia ninguém disposto a se arriscar para salvar o mundo. Afinal, quem vocês acham que inspirou Fury a criar uma legião de defensores?! Como ela mesma diz: "ALTO, LONGE E VELOZ, BABY!".

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